sexta-feira, 23 de outubro de 2009

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ESTÉTICA DA CRISE

No ultimo ano, temos ouvido falar sobre crise financeira, recessão, aumento dos juros, grande empressas abrindo falência, milhares de pessoas sendo demitidas, o mundo se tornando um caos. Mas o que isso tem haver com nosso dia-a-dia? como isso tem afetado a mesa do consumidor? e como isso tem influenciado nas diversas áreas da nossa vida, na arquitetura, na produção de bens de serviço. E como ponto principal, como tem afetado na estética e no cotidiano de nossas vidas. Para entendermos melhor, temos que entender como surgiu a tão falada crise econômica.
Tudo começou com a crise imobiliária dos EUA. Essa crise começou por lá porque os bancos estavam oferecendo uma quantidade muito grande de crédito imobiliário, o que acabou incentivando por demais o setor. O problema é que os bancos não faziam um estudo decente sobre as possibilidades financeiras dos clientes, achando que bastaria cobrar juros mais altos para se protegerem da inadimplência e aumentar os lucros. Só que o tiro saiu pela culatra.
Existia muito crédito na praça, os americanos foram às compras felizes e contentes porque estavam adquirindo a sua casa própria. Só que com isso o preço dos imóveis subiu muito e chegou ao ponto que alguns que originalmente valiam US$80 mil estavam sendo vendidos por US$200 mil. Porém, essa alegria não durou tanto, incoformados com os altos preços dos imóveis e dos juros, os americanos param de pagar os bancos. Mas isso ainda não é o maior problema, o problema é que essa situação não aconteceu apenas em alguns casos isolados, aconteceu em massa. Com a grande inadiplência, parou de circular dinheiro nos grande bancos, para a realizãção de outras atividade financeiras. faltando dinheiro, faltava tambem investimento.
Surge então o monstro chamado RECESSÃO, quando há uma grande diminuição no crescimento econômico de uma determinada região ou país. Os resultados são devastadores e incluem a diminuição do salário dos empregados, redução da produção e da oferta de serviços, desemprego etc.
e o que aconteceu?
  1. Várias empresas brasileiras possuiam ativos estrangeiros que perderam muito do seu valor de mercado. Assim, estão mais cautelosos sobre os seus investimentos externos.
  2. Como essas empresas não estão fazendo bons investimentos externos, buscam fazer melhores investimentos aqui no Brasil. Isso significa que elas estão aumentando os juros do crédito para assegurar bons rendimentos nos seus ativos e compensar a falta de rendimento e o prejuízo dos ativos externos.
  3. Com os juros do crédito mais altos, os brasileiros vão diminuir o consumo de bens duráveis e muitas vezes, até mesmo de bens não duráveis. Isso pode vir a causar uma recessão em um futuro próximo.
  4. Como até meados de 2008, as montadoras estavam tendo um volume recorde de vendas, sua produção aumentava cada dia mais até que chegou a crise. Com o crédito a juros mais altos, a quantidade de veículos sendo em oferta diminuiu consideravelmente.
Bem isso tudo reflete diretamente na nossa vida. E onde a estética nisso tudo? Bem lá vamos nós para a nossa analise...
A recessão o mundo causou mudanças na forma como britânicas, japosenas, americas e outras mulheres pelo mundo consomem roupas, acessórios e artigos de luxo, há uma busca maior pela qualidade do produto e não pela quantidade.
Buscasse uma peça, de valor mais elevado, que combinada com artigos mais baratos, ou que as consumidoras já tenham no guarda-roupa. Além disso, estão aproveitando a enorme gama de opções mais em conta como brechôs, "pinxinxas", lojas varejista e outras; para fazerem suas compras.
“O número de versões baratas de peças de marcas famosas, lojas de desconto e também liquidações tanto nas ruas quanto na internet é tão grande que as pessoas não estão realmente enfrentando problemas para adaptar suas compras às suas novas circunstâncias financeiras”, disse Mullen.
O professor de Marketing e Psicologia do Consumo da University of Wales Institute Paul Buckley concorda. “Com a crise, se tornou socialmente aceitável fazer compras em lojas mais baratas, para as quais muita gente torceria o nariz antes da recessão”, disse Buckley.
Esse fenômeno, chamado “trading down” (trocando para baixo, em tradução-livre) também pode ser observado no mercado de artigos de luxo, que no passado havia escapado sem grandes arranhões de outras crises financeiras.
Mullen acrescenta que as compras de luxo costumam ser planejadas com antecedência e são as primeiras a ser cortadas quando o orçamento aperta. Mas ele diz que isso não quer dizer necessariamente que os consumidores estão abandonando completamente essas compras, mas em muitos casos procuram lojas que oferecem parcelamentos ou opções mais em conta.
Deixado de lado produtos de luxo, os consumidores estão atrás de pechinchas, com as buscas por “cupons de desconto” tendo aumentado 65%.
Bem, o que isso tem haver com arquitetura? Quase nada, na verda o que me interessa é o conceito da Estática da Crise, como nós seres humanos totalmente adaptáveis, conseguimos viver em meio a uma crise, que começou no do outro lado do globo, atingindo de cheio nosso cotidiano. Como vamos usar nossa criatividade, para mundar para sempre buscar inovar, sem gastar muito.
Nós arquitetos estamos presos diretamente a isso. Num ambiente onde a imagem tem um papel fundamental, onde a linguagem visual é uma arma fundamental. Temos que aprender com a moda, a usar o diversos produtos, usando meio para equilibra-los e da melhor forma atender nosso cliente. Esse estética que está refletido no dia a dia, está nas ruas, estampadas em nossas roupas, em nosso modo de falar. A crise, recessão palavras que nos causam medo, mas não podem fazer a gente parar de produzir.
A moda, parece simples, mas eu creio pode ser um ponto caminho para se pensar a arquitetura. Sendo essa também uma forma de se expressar a Estética e suas diversas formas de linguagem. Bem paro por aqui, no inicio da minha compreensão sobre a ESTÉTICA DA CRISE. Sei que ainda vai dar bastante pano para manga... na minha analise, sobre o mundo louco da semiótica... e tentar me debruçar nos ensinamento de Charles Pierce. Abraço a todos

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